- Um prólogo criado por mim em outro fórum!
“Quando o homem se perde entre a raiva, dor e lágrimas, além da cortina da meia-noite, uma vingança impensável é realizada.”
Há meia-noite a Linha Direta para o Inferno está disponível para mais um ‘cliente’ repleto de ódio, o site será aberto e a “Sua dor será Aliviada”, coloque o nome de quem queres se vingar e a Donzela do Inferno virá para lhe ajudar.
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Pegue - Responde a Donzela para o cliente, entregando um boneco de palha com uma fita velha amarrada –
Se realmente deseja se vingar de seu inimigo, deve desfazer esse laço vermelho. Se fizer será um contrato oficial comigo. Aquele que deseja se vingar será imediatamente mandado ao Inferno. – Seu olhar frio, serve de consolo para o ódio do cliente.
A insanidade da vingança cega os olhos daqueles que fazem ou pensam em fazer o contrato com a Donzela, mas nada é fácil... A donzela apenas dá uma pausa, tentando analisar a reação do cliente e continua.
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No entanto... – Interrompe a ação do mesmo. –
Se eu realizar a vingança, você terá que pagar um preço.
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Um preço? - Questiona o ‘cliente’.
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Quando uma pessoa é amaldiçoada, dois túmulos são cavados. Quando morrer, sua alma cairá no abismo do inferno. Seu espírito vagará entre a dor e sofrimento, sem jamais conhecer o paraíso. – Responde tranqüila. –
Bom, isso somente após sua morte.
O cliente após ouvir essas palavras pode sentir a agonia de estar preso no inferno, sentindo a dor e ódio que antes o consumiram ao concluir o contrato.
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O resto é você que decide...
Todos recuam, não querem realizar a vingança, deve ser os sentimentos humanos e até um pouco na fé que se perdoarem poderão ter o paraíso a sua disposição; a agonia aumenta a cada dia, eles não conseguem se quer olhar nos olhos daquele que transmite tanto ódio para si.
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Não... – Sussurra, apertando o boneco de palha contra o peito. –
Se ele não fizer nada, desistirei, mas se passar desta gota d’água irei realizar minha vingança...
A Donzela com seu olhar vazio analisa o seu cliente ao longe sem que o mesmo perceba ou sinta sua presença, cansada de esperar volta para seu lar. Onde pode ver a silueta da sua querida avó detrás de uma porta e sentir a brisa que sentira nos seus setes anos, antes do ritual da boa colheita, onde a mesma fora escolhida para ser o sacrifício do ano.
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Sentarou, leve Enma Ai para bem longe. – Os pais da garota confiam no primo da mesma. –
Não deixe que aldeia saiba que ela estar viva. Rogamos-te Sentarou.
Vendo o desespero dos pais de Enma aceita ajudá-los levando a garota em secreto para um templo onde cuidara da mesma por seis, antes de ser descoberta, os aldeões o seguira até onde Enma estava revoltados vão até a menina condenando a mesma e seus pais para serem sacrificados como a suplica de perdão para os Deuses da Montanha.
A punição de Sentarou seria enterrar Ai, aquela que o próprio protegeu tanto tempo.
" Sentarou, escolheu me matar; entrei minha vida a ele. "
Ai estava jogada na vala sentindo medo e ódio, seus olhos repletos de lágrimas podiam ainda fitar os olhos covardes de seu primo que sentia a terra tocando em seu rosto com violência.
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Entregarei minha alma ao senhor do inferno e terei minha vingança e vingarei os outros, sem nenhuma espécie de ressentimento ou pena.
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“ Eu ouço e executo a Vingança.”-
Ai, seu Kimono já está pronto... – Uma voz idosa ecoa no santuário da Donzela.
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Obrigado. Vovó.