[Fiore, 9:12 a.m, 23 graus]

Com Sol já ascendido suficientemente no céu e uma até que incomum brisa fresca irrompendo entre as árvores, o mago Tadashi partiu da guilda Fairy Tail e dirigiu-se para o local de sua nova missão: o vilarejo Towers.

Como o local da missão fora especificado como "perto", Tadashi decidiu ir a pé. Enquanto isso, perdia-se em pensamentos. Já imaginara que ao chegar na localidade procuraria primeiramente o dono do pedido, para retirar dúvidas e conhecer mais o caso. Sendo um conde, presumidamente o homem seria conhecido na vila, não é?

Cerca de duas horas e meia a pé, o Sol já muito no centro do céu e a temperatura subindo para a casa dos 27 graus, os portões altos e rupestres da vila Towers eram anunciados por uma placa torta. De cabo a rabo em cada lado dos portões haviam muros feitos também de madeira, que protegiam a vila sabe-se lá por quantos metros de extensão. Parecia um vilarejo muito seguro.

Entretanto, não fora difícil adentrar: os portões estavam abertos, na realidade. Não havia guardas a vista.

Quando Tadashi adentrou pelos portões, pode ter uma visão superficial do local: Muito estranhamente, não havia ruas ou esquinas horizontais ou verticais, pelo que podia enxergar. Mesmo os muros se estendendo numa linha reta lá atrás, aqui cada rua estava disposta num ângulo arredondado.

De primeiro plano, notou-se imediatamente: No centro da vila, a cerca de 20 metros de distância onde Tadashi havia entrado, tinha uma fonte d'água. O que se estendia atrás da fonte não podia ser visto. O caminho até a fonte era em linha reta e não possuía nenhum obstáculo.

Para os lados esquerdo e direito da fonte haviam ruas, cerca de 10 para cada lado. Todas pareciam um meio círculo com as pontas anguladas para cima. Consequentemente, a primeira rua a vista era a maior, com umas 10 casas. Dessa rua, as casas estavam em péssimas condições, as janelas fechadas e quebradas, as portas pendendo por pouco nas dobradiças.

Primeiro problema: Não havia postes de madeira nem placas de informações sobre nada.

Segundo problema: Nenhuma alma humana a vista. Nenhum som escutado, nem ao menos de pássaros  ou qualquer outro animal.

Onde Tadashi iria procurar suas informações?

Sol forte - Ventania - Muitas Nuvens

"Parece até... Uma cidade fantasma..." o mago comentara enquanto deambulava pela cidade, atrás de um vislumbre humano. "Tem alguém aí?!!! Sou um mago da Fairy Tail, alguém pode me ajudar?!!!"

Mas ninguém respondeu.

Consequentemente, as andanças de Tadashi o levaram suficientemente dentro da vila para poder enxergar além da fonte: estendia-se planícies regulares, interrompidas apenas por lagos a uns 30 metros e também por um pequeno rio uns 20 metros de distância, sua água violenta o suficiente para  fazer barulho entre aquela distância toda. Era também cortado por uma ponte esbranquiçada e antiga.

O Sol de meio dia iluminou forte o ambiente. Saindo de atrás de umas nuvens donde havia se escondido há alguns minutos, ele brilhou o suficiente para mostrar todos os contornos esverdeados do mato da planície, também o brilho das águas turbulentas do rio e, além de tudo, refletiu em algo na ponte, um brilho cegante e azulado provindo duma das pontas dessa.

Ao mesmo tempo, um barulho alto de algo quebrando soou há uns 5 metros atrás de Tadashi, vindo de alguma das ruelas.

Depois de concentrar-se para localizar o local exato de onde viera o som, o exercício o levou para entre das duas mais próximas ruas, um caminho estreito e muito longo, indo até sabe-se onde.

Após uma breve olhadela não havia dúvidas o que causara o som: um pedaço de vidro azulado de uma janela parecia haver explodido em milhares de cacos, todos caídos no chão e dispersos.

Analisando, podia-se afirmar que todas as janelas que ainda possuíam vidro entre aquelas duas ruas estavam ou pregadas por cima, ou os vidros estavam tão rachados que era dificultoso enxergar algo através deles, pior ainda obter algum reflexo.

No mais, aparte do estalo do vidro há pouco tempo, tudo estava completamente e silenciosamente intacto. Abandonado, talvez. Pelo menos era o que parecia.